Economia comportamental: o que é e como ela explicar suas decisões

Segundo o dicionário Oxford Languages, comportamento é: a) ato ou efeito de comportar-se; b) procedimento de alguém face a estímulos sociais ou a sentimentos e necessidades íntimos ou uma combinação de ambos. 

Depois dessa definição, vamos propor uma reflexão: como seu comportamento influencia seus gastos? Você compra por que precisa daquele produto, ou por que sentiu vontade de comprar? A economia comportamental tenta responder quais comportamentos levam uma pessoa comprar determinado item. Baseado em sentimentos e estímulos, por exemplo.

Você sabe como funciona esse tipo de economia e como ela explica suas decisões de consumo? E tem mais, essa teoria pode influenciar até mesmo seu planejamento financeiro. Continue a leitura, preparamos um artigo para você entender tudo!

economia comportamental

O que é economia comportamental?

Agora vamos explicar de maneira mais detalhada!

É um campo da economia que estuda como os seres humanos fazem escolhas, e como as emoções influenciam nessas decisões. A intenção é tentar responder como as pessoas fazem essa tomada de decisões. 

Para entender esse processo entre comportamento e decisão, quem estuda a área junta psicologia, neurociência e outras ciências sociais. O objetivo é entender qual o comportamento humano diante de decisões econômicas.

Isso é diferente da economia clássica, que considera o ser humano como ser racional que toma as decisões baseadas em critérios lógicos. Ou seja, o consumidor só compra o que precisa. Nesse caso, você compra uma camiseta porque precisa de uma e não apenas por impulso, ou porque foi influenciado de alguma forma por suas emoções.

Agora, os economistas comportamentais vão para o outro lado da história. Eles buscam entender o que motiva um indivíduo a comprar. Querem entender o comportamento econômico motivado pelas emoções, pela irracionalidade do ser humano. 

Resumindo: a economia comportamental leva em conta que as pessoas decidem não apenas pela lógica, mas baseado em hábitos e experiências.

Por exemplo, você compra uma TV nova, maior que a anterior, não porque a antiga estragou, mas porque está chegando a Copa do Mundo. É esse comportamento que os estudos querem explicar.

Como essa área da economia surgiu?

Para entender como surgiu esse estudo, precisamos lembrar que ele mistura as bases matemáticas da economia com psicologia, neurociência e demais ciências sociais para avaliar o comportamento humano.

Por isso, o surgimento da economia comportamental também é multidisciplinar. Não tem uma data específica para a sua criação, mas os trabalhos de Adam Smith, economista, filósofo e autor do livro “A Riqueza das Nações,” já apresentavam ideias que depois vieram a ser conhecidas como economia comportamental. 

Outro livro de Smith usado é o “Teoria dos Sentimentos Morais”, lançado em 1759. Entre 1970 e 1980, depois de 2 séculos desse lançamento, os teóricos Amos Tversky, Daniel Kahneman e Richard Thaler, passaram a se dedicar sobre o tema. 

Eles começaram a publicar trabalhos dedicados a entender o comportamento das pessoas em suas decisões econômicas. Mas dessa vez sem usar as teorias econômicas tradicionais. Aquelas que, como falamos, usam apenas a lógica e a racionalidade para analisar a tomada de decisões. 

O que a economia comportamental tenta responder é porque tomamos decisões econômicas mesmo quando essas nos prejudicam ou não fazem sentido lógico. Buscando um sentido mais realista nas escolhas que fazemos, já que nosso lado racional nem sempre é o que predomina na hora de fazer uma escolha.

Se isso fosse verdade, ninguém teria 50 pares de tênis ou colecionaria itens, por exemplo. Pensando de maneira racional, só o essencial seria comprado e nada além disso.

Como a economia comportamental se aplica ao nosso dia a dia?

Os conceitos da economia comportamental estão cada vez mais presentes no mundo corporativo, e por consequência, no nosso dia a dia.

As pesquisas da área são utilizadas para o desenvolvimento de produtos, para criação de companhias de marketing, em estratégias comerciais e também no mercado financeiro

Vamos te dar um exemplo. Já reparou que após pesquisar por um produto, ele aparece durante dias em anúncios, sites e redes sociais? A ideia é a mesma das vitrines. Deixar o produto exposto para que o consumidor tenha a sensação subentendida de que deve comprar aquele produto, independente se ele precisa ou não.

Qual a relação disso com com as finanças?

Na verdade, você já deve ter percebido que tudo na economia comportamental tem a ver com finanças pessoais.

Isso porque ela fala sobre o nosso comportamento diante de escolhas que envolvem dinheiro. Troco o celular, mesmo o meu estando em bom estado? Compro mais um vestido, mesmo sabendo que não tenho onde usar? Compro mais um sapato, sendo que uso quase todos os dias o mesmo? E por aí vai. 
Sendo assim, as finanças comportamentais estudam a relação entre razão, e emoção, e nossas escolhas em relação ao dinheiro.

finanças pessoais

Dicas de como usar a economia comportamental para tomar decisões financeiras 

Vamos ver algumas dicas de como a economia comportamental pode ser usada ao seu favor na hora de fazer sua organização financeira

1. Tenha cuidado com o cartão de crédito e o parcelamento: parece uma ótima ideia comprar hoje e começar a pagar mês que vem, às vezes até em 3 meses. Mas isso pode se tornar uma bola de neve e te deixar endividado, por coisas que nem eram necessárias. Caso decida comprar, considere juntar dinheiro e pagar à vista. 

O cartão de crédito não é seu inimigo, e se usá-lo com sabedoria pode ser vantajoso. Mas para isso, você precisa de autocontrole e educação financeira.

2. Pesquise: e aqui não falamos apenas de preços, mas também de produtos. Muitas vezes produtos menos conhecidos e mais baratos tem a mesma qualidade dos populares. Busque também em vários lugares, não é porque uma loja diz que algo está em promoção que ele realmente está. 

Já ouviu falar nas promoções que vendem pela “metade do dobro”? Fique atento.

3. Corte os gastos desnecessários: não adianta reclamar, para se alcançar os objetivos é preciso economizar. E para poupar dinheiro, você terá que fazer alguns cortes no orçamento. 

4. Não compre por impulso: a economia comportamental te ensina que os estímulos estão aí para te fazer comprar tudo a toda hora. Mas pare e pense antes de comprar, avalie sua situação financeira e a necessidade daquele produto. Tente ser mais racional e pense que você pode poupar e investir para ter mais dinheiro para o que você gosta. 

5. Autoconhecimento: como você se sente em relação ao dinheiro? Bem ou ruim? Sente que é organizado? Tem um bom nível de educação financeira? Qual o objetivo do dinheiro na sua vida?

Ter autoconhecimento nessa área te ajudará a entender suas decisões relacionadas ao dinheiro e tomar decisões melhores.

Depois de aprender sobre economia comportamental está pensando em mudar sua relação com o dinheiro, mas não sabe por onde começar?

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