Entenda o que é deflação e seu impacto na sociedade

A deflação é um fenômeno econômico que não costuma aparecer nos noticiários. Ele é o oposto da inflação, a alta generalizada dos preços. Mas será que essa variação é algo positivo para a economia? Descubra no artigo!

Se você não é uma pessoa muito ligada aos conceitos atrelados à Economia, talvez não tenha escutado a palavra deflação antes, até porque ela não está tão presente nos noticiários. Ainda assim, a deflação é algo importante de se entender, já que os movimentos da economia têm grande influência no bem-estar social. Entenda no artigo!

O que é deflação? 

Quando falamos em deflação, nos referimos a um cenário de queda dos preços dos produtos e serviços no país. No entanto, não é a diminuição do valor de alguns itens, mas sim uma queda generalizada dos preços, levando em conta os principais itens de consumo da população.

Além disso, para se configurar como deflação, essa queda precisa ser contínua e persistente, durar pelo menos alguns meses sem que haja a normalização desse cenário, ou seja, o retorno à meta da inflação para aquele período. Mas quais são as causas da deflação? Falaremos um pouco mais a seguir.

Qual é a causa da deflação? 

Em um primeiro momento, a diminuição dos preços dos itens essenciais de mercado pode parecer algo positivo, afinal, quem não quer pagar menos pelos produtos e serviços? Mas a deflação, geralmente, está relacionada a um cenário de crise econômica

Ela acontece quando a oferta de produtos e serviços é bem maior do que a demanda apresentada pelos consumidores. Com menos pessoas comprando, os comerciantes tendem a baixar os preços para garantir o escoamento do estoque adquirido, diminuindo assim o prejuízo.

Outra situação que contribui com a deflação é quando a queda de preços se apresenta como uma tendência, e o consumidor deixa de comprar porque prevê que o seu dinheiro valerá mais no futuro, atrasando a compra. Isso faz com que os preços diminuam ainda mais, desacelerando a atividade econômica.

Também é causa da deflação a diminuição de dinheiro em circulação no país. Com menos dinheiro, o volume de compras também cai, fazendo sobrar produtos na prateleira, forçando o vendedor a baixar os preços para estimular o consumo.

O indicador de deflação, assim como o de inflação, é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ele mede a variação de preços de uma cesta de produtos escolhidos, de acordo com as características de consumo da população brasileira.

O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE e é utilizado pelo Banco Central e pelo Governo Federal para alterar as taxas de juros. O IPCA-15 considera os dados coletados ao longo de 30 dias (do dia 16 de um mês ao dia 15 do mês seguinte), enquanto o IPCA-E é o índice acumulado em um período de 3 meses.

O IPCA mostra se a inflação aumenta, apresenta quedas pontuais ou fica negativa e com quedas constantes (deflação).

Leia também: Por que ter uma planilha financeira é bom para o seu bolso?

Qual é o impacto da deflação na sociedade? 

Como dissemos, a deflação é um indicador de crise econômica no país. Geralmente, ela significa que o poder de compra da população diminuiu ou que reduziu o volume de dinheiro em circulação.

Nesse cenário, o comerciante se vê obrigado a diminuir o valor dos produtos para voltar a despertar o interesse dos consumidores. Como essa redução de preços é contínua, se apresentando como uma tendência, a previsão é que eles continuem caindo. 

Havendo prolongamento da queda dos preços, a consequência é a geração de prejuízos, uma vez que o comerciante pode vender os produtos por valor abaixo do de aquisição. 

Sem perspectivas de vendas, o comerciante diminui ou cessa as encomendas antes feitas regularmente para abastecer os estoques. A indústria, por sua vez, reduz a produção, já que a demanda está baixa, diminuindo também a compra de matéria-prima para fabricação dos produtos. 

Esse ciclo pode causar a quebra de estabelecimentos comerciais, a desaceleração da atividade industrial e do setor primário e, portanto, o aumento das demissões, uma vez que se torna impossível manter os funcionários com a diminuição significativa do faturamento dos negócios. 

O aumento do desemprego agrava a crise econômica no país, reduzindo ainda mais o volume de compras dos consumidores, recomeçando o ciclo de recessão

A deflação ainda tende a prejudicar as contas públicas, pois o valor de tributos, como o ICMS arrecadado, tem relação com o preço dos produtos que circulam na economia. Com uma arrecadação menor, aumenta o risco de déficit fiscal.

Entenda a diferença entre inflação, desinflação e deflação 

Inflação, desinflação e deflação são palavras parecidas e podem gerar alguma confusão sobre os seus significados. 

Já apresentamos o conceito de deflação ao longo deste artigo e ele vai te ajudar a entender o que é inflação, pois ambos têm significados contrários.

Ou seja, a inflação ocorre quando a oferta por produtos e serviços é menor do que a demanda, por um período prolongado, causando o aumento generalizado e contínuo dos preços. 

Nesse cenário, há dinheiro circulando, mas o seu poder de compra é mais baixo do que o do período de referência. Acontece, por exemplo, quando o preço dos principais itens da cesta básica aumenta com regularidade, enquanto o salário mínimo fica estagnado ou conta com um aumento que não acompanha a subida do valor dos produtos.

Esse fenômeno bastante comum no Brasil e no mundo pode ser exemplificado ainda tomando como base o cenário econômico durante a pandemia por coronavírus. Por conta das questões sanitárias, houve falta de matéria-prima e de produtos essenciais no mercado, mas a demanda permaneceu alta, o que gerou a disparada dos preços.

Mesmo com a retomada das atividades devido à diminuição das restrições da pandemia, o aumento inflacionário no mundo permaneceu. Isso porque, com a volta à normalidade e ao retorno do consumo de bens e serviços, a demanda voltou a aumentar rapidamente, enquanto o aumento gradual da oferta não acompanhou esse crescimento.

Já na desinflação, a inflação ainda é positiva. Há aumento no preço dos produtos e serviços, mas um crescimento controlado, pois a inflação fica abaixo do previsto, mas não negativa, como acontece na deflação.

Leia também: Por que fazer a diversificação de investimentos?

Como evitar as consequências da instabilidade econômica? 

Em relação à atuação governamental para controlar a deflação, duas possíveis medidas que podem ser tomadas são a derrubada da taxa de juros, para estimular o consumo e reanimar a economia, e emitir mais moeda

Mas e você? Como se proteger das consequências da deflação na economia?

Um período de deflação tende a abalar a confiança de quem investe em títulos de renda fixa atrelados a papéis corrigidos pelo IPCA. A decisão pela aplicação ou não nesse tipo de investimento deve ser tomada de acordo com a liquidez desejada, já que a deflação pode não persistir dentro de alguns meses, normalizando os rendimentos logo à frente.

Mas a melhor estratégia é a diversificação da carteira. A alocação dos recursos em diferentes aplicações ajuda a minimizar os riscos de perda de dinheiro.

Uma gestão especializada é fortemente recomendada para identificar os ativos que promovem maior segurança e rentabilidade diante do cenário de instabilidade econômica, seja ele o de deflação ou inflação.

A médio e longo prazo, o investimento também é uma forma de se precaver das consequências de uma deflação ou inflação futura, como desemprego ou diminuição do poder de compra, devido às oscilações na economia.

Por que a previdência privada é a melhor opção de investimento? 

Dentro das possibilidades de investimento, a previdência privada é, sem dúvidas, a melhor opção. Que saber os motivos? Elencamos a seguir:

  1. Com um plano previdenciário, você conta com gestão especializada, tendo a certeza de que serão tomadas as melhores decisões para conquistar a rentabilidade dos seus recursos;
  2. Os rendimentos dos fundos previdenciários costumam ficar acima da taxa de juros em um cenário de inflação;
  3. A aplicação do seu dinheiro será feita de acordo com seu perfil de investidor. E uma das estratégias disponíveis é a diversificação de ativos, que protege contra instabilidades do mercado e possibilita maior lucratividade;
  4. Benefícios fiscais ao investidor. Esse é um tipo de investimento livre de come-cotas e possibilita deduções no Imposto de Renda: 12% sobre a renda bruta tributável, no caso do plano PGBL, e alíquota de apenas 10% com a tabela regressiva;
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