Ter uma carteira de investimentos diversificada é uma das melhores formas de ter um bom rendimento com segurança. E são muitas possibilidades, né? Uma delas é fazer investimentos no exterior.
Investir fora do país se tornou uma das estratégias para tentar não sair perdendo quando o mercado local não vai bem. Mas para fazer esse tipo de investimento é preciso avaliar o risco-país.
Para investir no mercado internacional e alcançar o sucesso financeiro, você precisa estar atento a esse indicador. Por isso, preparamos um artigo para você entender como funciona. Boa leitura!

O que é o risco-país?
Antes de entrar em um negócio você quer saber mais sobre ele, certo? Avaliar as condições, o que fazer em caso algo dê errado, entre outras informações. O risco-país faz exatamente isso, é um indicador econômico utilizado para avaliar um país. O objetivo dele é medir a probabilidade de um país deixar de pagar suas dívidas, se ele vai arcar com seus compromissos financeiros.
Basicamente, é como a análise de crédito, pelo qual você é submetido antes de fazer uma compra ou financiamento, por exemplo.
Diversos fatores são considerados, econômicos, sociais e políticos. Ou seja, tudo o que pode impactar a economia de um país.
Talvez você já tenha ouvido outros nomes para o risco-país como, risco-Brasil ou ainda risco soberano. Apenas a nomenclatura que muda, o sentido é o mesmo. É claro, estamos falando tanto de você começar a investir no exterior, quanto um estrangeiro aplicar no Brasil.
Esse tipo de instrumento é utilizado por vários mercados emergentes para avaliar a capacidade de pagamento, como: Argentina, África do Sul, Bulgária, Malásia e muitos outros.
Como funciona o risco-país?
Para quem deseja investir no exterior ou mesmo no Brasil, conhecer o risco-país é essencial.
O mercado financeiro pode mudar, influenciado pelo momento de um país. Uma guerra, instabilidade política, uma pandemia. E o risco-país serve justamente para demonstrar a estabilidade econômica de um país para se fazer investimentos.
Com essa ferramenta você pode tomar uma decisão mais assertiva e entender os riscos da aplicação. Por isso, conhecer o risco-Brasil também serve para os brasileiros decidirem sobre seus investimentos.
Mas como fazem para calcular o risco-país?
Então, para medir o risco-país alguns índices são utilizados. Vamos conhecer um pouco cada um.
Confira abaixo!
EMBI+
A sigla EMBI+ em inglês é Emerging Markets Bond Index Plus, no bom português significa Índice de Títulos de Países Emergentes.
Esse índice é calculado pelo banco J.P. Morgan Chase, usando como base os títulos emitidos por 19 países. Entre eles o Brasil.
É utilizado no cálculo o ponderado composto por instrumentos de dívida externa, ativamente negociados e denominados em dólar, de governos de países emergentes.
Ou seja, a comparação é feita entre as dívidas públicas dos países, com os títulos públicos americanos.
CDS
Outra maneira de medir o risco-país é o Credit Default Swap, conhecido por CDS.
De maneira resumida, o CDS funciona como um seguro, utilizado contra eventuais calotes no pagamento de títulos públicos. Caso um investidor deseje proteger um valor em títulos públicos ele paga uma porcentagem a uma seguradora.
Em caso de insolvência ou inadimplência, a seguradora faz o pagamento ao investidor. Caso tudo corra como o planejado, e não haja a necessidade de pegar o seguro, o investidor recebe o valor arrecadado pelo título.
Assim como no EBMI+ esse índice também é calculado através de um sistema de pontos.
Rating Soberano
Classificação emitida por uma agência de risco, considerando a capacidade e disposição de um país em honrar seus compromissos financeiros com credores. E não apenas dos países, mas também de empresas.
A classificação é feita em duas categorias. São elas:
- Grau de investimento: avalia a capacidade de pagamento;
- Grau especulativo: avalia o risco de não pagamento, o popular calote.
Atualmente o mercado conta com 3 agências de classificação de risco independentes que realizam os cálculos para os investidores. Países como Estados Unidos possuem uma classificação alta, detém a nota AAA ou Aaa. Já países com risco político-econômico alto, possuem notas de rating inferiores da tabela.

Depois de entender melhor como funciona, vamos ver como esse índice afeta as aplicações.
Como o risco-país impacta os investimentos?
Uma das coisas mais importantes, principalmente, para quem quer começar a investir é a segurança.Todo investimento envolve risco, mas com decisões inteligentes você diminui os riscos.
E como o risco-país pode afetar seus investimentos no exterior e no Brasil, melhor ficar por dentro do tema. Esse índice serve para você avaliar os pontos positivos e negativos de um investimento.
Um risco-país maior pode ser propício para quem tem um perfil agressivo ou perfil moderado. Isso porque pode influenciar na relação entre risco e retorno. De maneira geral, quanto maior o risco, maior o rendimento.
Agora, se estiver menor, o cenário fica melhor para quem tem perfil conservador.
Lembrando que investimentos têm relação direta com a situação econômica e política do país. Por exemplo, quando há instabilidade a bolsa de valores oscila mais, o que pode trazer prejuízos para quem investe em ações.
Outro ativo financeiro que sofre os efeitos do risco-país são os títulos públicos.
O que saber antes de investir?
Bom, seu primeiro investimento deve ser em educação financeira. Isso mesmo, para investir é necessário conhecer o mercado e ter uma vida financeira organizada.
Antes de investir avalie os dados disponíveis. O risco-país é um fator essencial para quem quer investir no exterior.
Analise os dados e haja de acordo com o seu perfil. Não esqueça do risco-Brasil. Você pode inclusive usar esse índice de comparativo para saber como estão as coisas lá fora e como o mundo enxerga nosso país.
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