Saiba tudo sobre investimento no exterior

Conheça como funciona um investimento no exterior, por que você deve investir e como realizar esse tipo de aplicação.

Uma das formas de ampliar e diversificar a carteira de ativos é aplicando em investimentos no exterior. Contudo, é fundamental que você saiba como realizar essa operação, já que ela pode exigir alguns processos diferentes do que estamos acostumados aqui no Brasil. 

Por isso, preparamos esse conteúdo com tudo que você precisa saber sobre investimento no exterior. Veja a seguir como investir e se vale a pena colocar seu dinheiro em ativos fora do país.

Por que investir no exterior?

A principal vantagem em concentrar parte do patrimônio em ativos fora do país é a possibilidade de diversificar a carteira de investimentos

Dessa forma, além de variar as opções de ativos que investe no Brasil, você garante essa diversificação em outra moeda também. Assim, não depende apenas do cenário econômico brasileiro, mas também do desenvolvimento econômico mundial que pode ter uma dinâmica diferente do nosso país. 

Ou seja, se o cenário econômico não está muito favorável para os investimentos aqui, parte do seu patrimônio pode estar seguro em investimentos lá fora

Já falamos aqui na Saks sobre a importância da diversificação em uma carteira de investimentos. Diversificar contribui com o aumento de melhores oportunidades de rentabilidade e de segurança ao investir. 

Dica: O que é a taxa referencial e como ela afeta os seus investimento

O que avaliar antes de investir fora do Brasil?

O investimento no exterior é uma ótima forma de diversificar a carteira de investimentos, mas também é preciso considerar alguns pontos importantes ao realizar esse passo, tais como: liquidez, rentabilidade, riscos, custos e obrigações jurídicas.

Assim como todo investimento, os ativos no exterior também oferecem características que variam de acordo com cada ativo. Portanto, antes de investir é essencial saber a rentabilidade, liquidez e os riscos. 

As questões legais são um ponto que merecem atenção, mas as regras são basicamente as mesmas de investir no Brasil. E, por isso, o investidor que quer diversificar seu patrimônio em ativos no exterior não precisa ter dor de cabeça. 

Ao investir fora do Brasil, é preciso compreender os impactos que esses investimentos geram em ambos os países, incluindo as obrigações jurídicas, como tributárias e sucessórias, e os custos relacionados. Essas informações são facilmente compartilhadas pelas corretoras de investimentos.

Em relação à tributação, é preciso verificar se existem tratados internacionais que anulam a legislação local para evitar a dupla tributação, aumentando a economia do investidor.

Aqui no Brasil, as obrigações fiscais para investimentos no exterior incluem as seguintes regras:

  • Deve-se informar o patrimônio no Brasil e no exterior na Declaração de Ajuste Anual;
  • Patrimônio no exterior com valor igual ou superior a 1 milhão de dólares americanos precisa ser informado na Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) ao Banco Central;
  • O IR sobre os rendimentos recebidos de investimentos no exterior precisa ser recolhido até o mês seguinte ao qual recebeu o valor, com prazo final no último dia útil do mês;
  • Rendimentos no exterior e no Brasil devem ser informados na Declaração de Ajuste Anual.

Para investir no exterior, também é essencial considerar os custos da operação, escolher a forma como fará esse investimento e avaliar os riscos e as oportunidades de ganhos. 

Investir no exterior é caro?

Investir no exterior pode ser tão simples quanto investir em ativos no Brasil, dependendo das opções escolhidas e também da corretora contratada. 

Os BDRs, por exemplo, são um tipo de investimento no Brasil, que reflete ativos internacionais. Eles podem não ter taxa de corretagem em algumas corretoras, mas ainda possuem taxa relativa ao spread. Ela varia de 0,5% a 1,5%. 

Além de declarar, o investidor tem que pagar 15% de tributação ao Imposto de Renda sobre o lucro, sem isenção de R$20 mil como ocorre nas ações aqui no Brasil. Mas se o investimento for nos Estados Unidos, há isenção do imposto. Os dois países possuem um acordo de bilateralidade e, como os dividendos já são tributados na fonte lá, não precisam ser tributados outra vez aqui, mas devem ser declarados.

Também é válido destacar que cada corretora tem seu próprio jeito de cobrar pela compra de ações. 

Além disso, é necessário incluir os custos do spread cambial e também do IOF ao realizar a remessa para o exterior. Esses custos estão relacionados com a operação de câmbio.

É importante o investidor avaliar o tipo de investimento no exterior, a longo, médio ou curto prazo. Os ativos de longa duração costumam apresentar uma rentabilidade mais atrativa.

Como investir no exterior?

Hoje em dia, existem opções de investimentos em ativos fora do Brasil para quem não deseja abrir uma conta em outro país por conta própria. 

A seguir, explicaremos as principais formas de investir no exterior:

Principais formas de investir no exterior

Corretora de valores no exterior

Abrir uma conta em uma corretora de valores no exterior é uma das formas de investir em ativos de outros países. As opções mais procuradas pelos investidores são as corretoras americanas e européias, pois elas oferecem ativos de diversas empresas do mundo.

Isso acontece porque as corretoras desses países disponibilizam ativos globais, já que os sistemas financeiros desses lugares são integrados. Com uma conta nos Estados Unidos, é possível investir nas bolsas americanas, europeias e do Japão, por exemplo.

Diferente da bolsa brasileira, a B3, que só negocia diretamente ações de empresas brasileiras, as bolsas americanas NYSE e NASDAQ contam com um portfólio bastante variado de organizações. Elas somam mais de 6.000 empresas listadas.

Para investir em uma corretora no exterior, é preciso escolher uma boa empresa e fazer todo o processo de abertura da sua conta. Nesse caso, você poderá ter que apresentar alguns documentos como passaporte, comprovante de endereço, RG e declaração do imposto de renda. 

Por último, você precisará enviar uma remessa com o valor que você deseja investir. Lembrando que, para essas operações, é preciso ficar de olho na cotação das moedas estrangeiras e considerar que será cobrado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). 

ETFs (Exchange Traded Funds)

Outra opção para quem quer investir no exterior são os ETFs (Exchange Traded Funds). Esses produtos são negociados nas bolsas de valores.

Os ETFs são administrados por um gestor de investimentos, seguindo metodologias do mercado financeiro. Ao aplicar em Exchange Traded Funds você está investindo em um conjunto de ativos gerenciado por profissionais especializados. 

Aqui no Brasil, é possível encontrar alguns tipos de ETFs em nossa bolsa de valores, como o It Now S&P 500 (SPXI11) e o iShares S&P 500 (IVVB11). Esses dois fundos, por exemplo, reproduzem os índices de ações das 500 maiores empresas listadas na bolsa americana, o S&P 500. 

Investir em ETFs também tem um custo. Mas, por ser um investimento que você realiza a partir de uma corretora brasileira, os valores são iguais ao aplicar em fundo imobiliário e ações aqui no Brasil. Mesmo assim, há uma taxa cobrada pelo gerenciamento feito pela gestora.

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BDRs (Brazilian Depositary Receipts)

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são outra opção para investir no exterior a partir de uma corretora brasileira. Esses certificados de depósitos em ações estrangeiras podem ser negociados em reais, por meio da B3. 

Dessa forma, os BDRs são recibos de empresas cotadas em bolsas estrangeiras como a NYSE e a NASDAQ. Mas, não são todas as empresas estrangeiras que possuem BDRs negociados na B3.

Veja a seguir algumas empresas estrangeiras que você pode negociar na bolsa de valores brasileira:

  • Google (GOGL34)
  • Apple (AAPL34)
  • Facebook (FBOK34)
  • Amazon (AMZO34)
  • Microsoft (MSFT34)
  • Berkshire Hathaway (BERK34)

Investir em BDRs é uma alternativa para quem quer ter investimentos fora do país. A grande vantagem desse ativo é que você não precisa abrir uma conta em uma corretora no exterior para comprar essas ações.

Certificado de Operações Estruturadas (COE) 

O COE (Certificado de Operações Estruturadas) também é outra opção de investimento no exterior. O certificado é um tipo de investimento parecido com um pacote de operações financeiras, com características de investimentos de renda fixa e variável, com pagamento de juros. Vale destacar que os ativos de um COE não são necessariamente internacionais.

A partir do uso de derivativos, o COE pode ser atrelado a moedas estrangeiras, ouro, índices de ações, entre outros ativos. Essa flexibilidade abre as portas para quem quer investir em ativos internacionais de forma fácil, sem precisar enviar dinheiro para fora do país.

Alguns COEs possuem uma engenharia financeira que permite proteger o patrimônio do investidor. Isso significa que, dependendo do certificado, ele recebe o dinheiro mesmo que o investimento tenha resultado negativo. 

Para investir em COE, é necessário pagar a taxa de administração que varia de 0,5% a 2% ao ano. Esse investimento é tributado no IR pela tabela regressiva, sendo que a alíquota varia de 22,5% a 15% sobre o lucro.

Fundos de investimento brasileiros com ativos internacionais

Os fundos de investimento brasileiros com ativos internacionais também são ótimas opções para diversificar a carteira de investimentos fora do país. São fundos que estão disponíveis para aplicação aqui no Brasil, no qual o investidor se torna um cotista e vê o dinheiro render de acordo com o valor aplicado. 

Nessa modalidade, o investidor também não precisa mandar dinheiro para fora do país, pois toda a negociação é feita aqui do Brasil, negociados em corretoras brasileiras. 

diversos fundos de investimento brasileiros que possuem ativos no exterior. Portanto, essa é uma das formas mais fáceis e simples de investir em outros países, já que toda gestão é feita pela gestora. 

Investir nesses ativos é muito mais simples e a tributação é semelhante a qualquer outro fundo de investimento.

Dica: Renda passiva: o que é, como funciona e como ganhar dinheiro investindo

Vale a pena investir no exterior?

Como vimos até aqui, investir no exterior pode ser mais fácil do que parece e oferece muitos benefícios para o investidor. O principal deles é que ele não fica refém da economia local, tendo parte do seu patrimônio aplicado em outra moeda. 

A seguir, reunimos duas das principais vantagens de investir no exterior:

  • Diversificação de investimentos: diversificar é uma forma de proteger o patrimônio em diferentes ativos, economias e moedas.
  • Moeda forte: também há o benefício de colocar seu dinheiro em uma moeda mais forte que o real, que sofre menos o efeito da inflação e consegue estabilizar o poder de compra.

Os fundos de previdência privada também são ótimas opções para diversificar os investimentos com o suporte de uma gestão especializada. Eles atraem cada vez mais investidores que buscam aumentar seu patrimônio com o benefícios de uma carteira com vários ativos, de acordo com seu perfil de investimento. Saiba mais:

A Saks possui as melhores condições em previdência privada para você. Baixe o nosso app (Google Play Store ou Apple Store) agora mesmo e confira como você pode fazer seu patrimônio crescer através desse investimento. 

Entre em contato com a Saks para tirar dúvidas e obter informações sobre os planos previdenciários pelo nosso chat.

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