O que é a taxa referencial e como ela afeta os seus investimentos

Quem está em busca de maiores rendimentos, precisa entender um pouco sobre as variáveis do mercado financeiro. Entre elas está a taxa referencial, você sabe o que é?

Quando você está buscando alternativas para não deixar seu dinheiro parado, é importante conhecer algumas taxas, né? Isso é importante para tomar as melhores decisões na hora de começar a investir.

Preparamos este artigo para você conhecer essa taxa e saber como ela influencia os seus investimentos.

Vamos a leitura!

taxa referencial

O que é e como funciona a taxa preferencial? 

A taxa preferencial, também conhecida como TR, foi criada para ser uma taxa de juros de referência, um indicador geral da economia.

Ela é utilizada para calcular o rendimento de algumas aplicações financeiras, como a poupança, por exemplo. 

Essa taxa foi criada em 1991, junto com um pacote de medidas econômicas chamado de Plano Collor II (o nome faz referência ao Presidente do Brasil naquela época, Fernando Collor de Mello).

O objetivo da criação dessa taxa era a desindexação e o combate à hiperinflação. 

A intenção era que ela servisse de parâmetro para os juros praticados no Brasil, para evitar que os brasileiros perdessem o poder de compra. 

Podemos dizer que ela exercia uma função parecida com a taxa Selic que usamos hoje em dia.

Atualmente, a taxa referencial ganhou um novo papel: o de indicador para a atualização monetária de algumas aplicações financeiras e operações de crédito. 

Ou seja, ela é utilizada para corrigir os valores ao longo do tempo, em alguns casos, serve como parâmetro para o índice de inflação, por exemplo.

Voltando um pouco na época em que a taxa foi criada, seu efeito não foi sentido na prática. Na verdade, a situação econômica só foi estabilizada em 1994 com a implementação do Plano Real.

A partir daí a taxa perdeu força e anos depois a taxa Selic passou a ser a taxa básica da economia. 

Em 2017, a TR atingiu rendimento mensal nulo, e desde então se manteve assim. Apesar disso, ela ainda está presente no cálculo de alguns investimentos.

Como é feito o cálculo da taxa referencial? 

O Banco Central (BACEN) é o responsável pelo cálculo. E para encontrar o valor da taxa referencial é usada a seguinte fórmula: 

    TR = 100 x [ ((1 + TBF)/R) – 1]

Já para encontrar o valor de R, a fórmula usada é: 

            R = a+b x TBF

Sendo:

– R = redutor; 

– a =  valor fixo igual a 1,005 (valor definido na criação da TR);

– b = depende do valor da TBF e é divulgado pelo Banco Central; 

– TBF = a Tarifa Básica Financeira.

Quando o cálculo da TR dá um valor negativo, ele passa a ser considerado como zero. Por isso você não vai encontrar uma tabela TR com valores negativos.

Como a taxa referencial impacta os investimentos?

Como falamos, a taxa referencial era usada antigamente como base para atualização monetária de investimentos e contratos. Hoje em dia, outros indicadores são utilizados para esse objetivo.

Mas a TR continua sendo utilizada como referência para aplicações financeiras. Entre as mais famosas está a rentabilidade da poupança.

Como atualmente a TR está em zero, isso afeta a rentabilidade da poupança. Atualmente a poupança rende menos que a inflação, ou seja, seu dinheiro ainda perde poder de compra. Confira mais nesse artigo: Juros de poupança: como funciona e qual a rentabilidade para meu patrimônio.

Outros contratos também usam a taxa como referência. Entre eles está o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), um dos benefícios a que o trabalhador tem direito segundo a CLT.

Os títulos de capitalização não são investimentos, mas costumam ser oferecidos pelo banco como aplicação financeira. E também está atrelado a TR.

E, por fim, também os financiamentos imobiliários, mas vale ressaltar que nem todos usam a taxa referencial, apenas os imóveis que fazem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Os títulos públicos não estão mais atrelados à TR, porém, alguns investidores com uma carteira de investimentos mais antiga, podem ter produtos que usam a taxa como referência.

Taxa referencial e a inflação 

Já falamos um pouco sobre a taxa referencial e a inflação, mas vale reforçar alguns pontos.

É importante prestar atenção em uma coisa: se você quer juntar dinheiro, buscar investimentos que usam a TR, pode não ser o melhor caminho. Dependendo da inflação você pode ter prejuízos nas suas aplicações.

Muitas pessoas usam a poupança para guardar a reserva de emergência, sem perceber que o rendimento será baixo. 

Até aqui nós falamos apenas dos investimentos, onde a TR é uma desvantagem, já que não consegue corrigir aplicações. Mas ela pode ser uma aliada de quem está em busca de empréstimo e financiamento imobiliário. 

Isso porque o saldo devedor de alguns financiamentos imobiliários é corrigido pela taxa. E como a TR hoje está próximo de zero, é possível conseguir pagar juros menores aos bancos credores.

Se você quer fazer um investimento a longo prazo e que tenha rentabilidade, um plano de previdência privada é a melhor opção. A Saks está aqui para ajudar você!

Confira o artigo “Quais são os melhores investimentos a longo prazo para formar patrimônio?” e saiba mais.

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